quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Salvem o Rio Preto

O Escritor Rémy de Gourmont em Promenades Philosophiques ao se referir aos rios enfatiza: “O rio é uma pessoa. Tem nome. Este nome é muito velho, porque o rio, ainda que muito moço, é muito antigo. Existia antes dos homens e antes das aves. Desde que os homens nasceram, amaram os rios, e tão logo souberam falar, lhes deram nomes”.

Em pesquisa feita na internet identificamos que o rio mais poluído do mundo é o rio Citarum, que fica próximo a Jacarta, capital da Indonésia. O Citarum é bem mais poluído do que o Tietê.

Mais de 500 fábricas, muitas delas de produtos têxteis que exigem tratamento químico específico segundo as regulamentações internacionais, não o fazem, lançando “in natura” produtos químicos altamente tóxicos no rio. Enquanto os produtos químicos tóxicos fazem seu passeio rio abaixo, os detritos humanos (lixo) de todos os tipos são adicionados a eles. Nas cidades que margeiam o rio, não há absolutamente nenhum tratamento de esgoto ou coleta de lixo. O rio resolve. Vai tudo lá pra dentro.



 
Agora vem o mais bizarro. Ao longo do rio famílias inteiras de plantadores de arroz retiram água desse rio imundo para irrigar suas plantações, além de beber, tomar banho e cozinhar com esta água.

Já o rio mais poluído do Brasil é o famoso Tietê, que se estende por 1.100 quilômetros, nasce a 25 quilômetros de Salesópolis, a 780 metros de altitude, nos contrafortes da banda ocidental da Serra do Mar e deságua no Rio Paraná, na divisa com o Estado do Mato Grosso – as margens foram dizimadas, surgindo zonas urbanas de mais de sessenta cidades ribeirinhas , incluindo a Região Metropolitana, com mais de 450 mil estabelecimentos comerciais e industriais e, 18 milhões de habitantes.


Contudo, apesar de poluído e contaminado por toda sorte de poluentes, o rio quase moribundo ainda insiste em ser partícipe do desenvolvimento da metrópole paulistana, permitindo que suas águas sejam utilizadas na produção de energia elétrica. Atualmente não é mais possível conviver com o Rio Tietê lembrando as águas repugnantes e malcheirosas do Rio Aqueronte do Inferno de Dante.


Diante desses exemplos citados, a nossa cidade de Santa Rita, parece estar querendo desbancar os rios Citarum e Tietê, o rio Preto que nasce dentro de nossa cidade, recebendo o nome de rio Tibirizinho,  ao lado da estrada que liga a BR 230 ao bairro de Odilândia, percorre o planalto de Santa Rita e desagua no açude, é também no açude se intensifica a poluição do rio que recebe os esgotos de parte do bairro popular, e que segundo o escritor santaritense José de Arimatéa, a partir das imediações da antiga Companhia de Tecidos Paraibano, na Vila tibiri, ao receber os restos de tintas desta fábrica, começou a ser chamado de rio Preto.


Daí por diante este rio natural de Santa Rita recebe, todo tipo de agressão por parte da população e principalmente o descaso do poder publico, o assoreamento deste rio é muito grande, logo após a ponte que liga o centro a Vila operária tibirí, o rio mais parece um lixão, de tantas garrafas "pet" e todo o tipo de lixo, como: colchonetes, cadeiras quebradas, sacos de lixo, matos que se soltaram das margens com as chuvas de verão.


Ao passar pela ponte que liga o bairro da liberdade (Cercado) à Vila operária Tibirí, o rio virou um matagal, para que se tenha uma idéia, nasceram no meio do rio uma bananeira e um mamoeiro. E dessa forma o rio Preto agoniza sem que ninguém o ajude a sobreviver das agressões humanas.


As chuvas de inverno se aproximam e a população ribeirinha e adjacentes já ficam apreensivas, pois como é de costume, quando o inverno é intenso e o rio não ter profundidade, essas águas das chuvas terminam indo parar nas salas e quartos das casas dos santaritenses de algumas ruas do centro e do bairro do cercado.


Portanto se faz necessário que nos unamos forças e cobremos das autoridades constituídas a responsabilidade que lhe é dever, temos de correr contra o tempo, para tentar fazer com que o rio Preto deixe de ser um córrego de esgotos e dejetos, vamos todos juntos tentar SALVAR O RIO PRETO

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